QUARTA-FEIRA
DE CINZAS
Hoje
iniciamos um tempo de reconciliação, de jejum e abstinência. É um tempo onde ao
entrarmos na igreja já notamos a diferença: não vemos as flores, os adornos que
ornamentam as imagens. No dia de hoje se omite o ato penitencial, pois a
imposição das cinzas substitui este momento; o credo porque não é celebração.
Para
celebrar a Páscoa necessário de faz uma preparação. E esse é o tempo – a quaresma.
Mas a quaresma só tem sentido se olharmos lá para frente, para a Páscoa – para a
Ressurreição de Cristo.
A
liturgia desse tempo é belíssima. A primeira leitura de hoje, por exemplo,
fala-nos que devemos rasgar o coração. No tempo antigo o povo rasgava as roupas,
mas Deus disse através de profeta Joel que não adianta rasgar as roupas e
sermos “santos” apenas durante a quaresma e terminado esses dias cometer tudo
que é de pecado e maldade. Não! Deus quer que abramos nosso coração ao amor, a
caridade, a misericórdia. A quaresma existe para exercitarmos o domínio sobre
as paixões mundanas e conseguirmos viver esse tempo durante todo o ano, pois
como pensar em Jesus Crucificado se não abro/rasgo o coração para a palavra de Cristo
e para a oração verdadeira. O Papa lembrava hoje na celebração do fim da tarde três
ações fortes para esse tempo:
·
A oração – o importante não é a
quantidade e sim a qualidade, ela deve chegar ao coração de Deus, ser uma oração
arrependida como a oração do publicano e não como a do fariseu;
·
O jejum – jejuar para entender quem
passa fome, para lembrar Jesus abandonado e crucificado, que passou fome e sede.
Imaginemos a dor de Cristo às 12 horas, horário de sua crucificação e às 15
horas hora de sua morte. Nesses horários devemos olhar para a cruz de Cristo e
nos arrependermos dos pecados que reabrem as Suas chagas. O jejum nos prepara a
superar os momentos de dificuldades futuras.
·
A esmola - O sentido de um jejum e da
abstinência é a caridade. O que deixo de comer, ou o que me abstive, doou a
quem necessita, não devo guardar para usar depois. Este é o gesto concreto de
nossa fé.
Texto baseado na Homilia do Padre
José Aloísio. Por Cícera Gomes – Agente Pascom.
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