O
costume de se viver em um Ano Santo na Igreja inspira-se no capítulo 25 do
livro do levítico. A cada 50 anos, o Povo de Deus celebrava um jubileu comum
tempo de reconciliação com Deus e com o próximo. Neste período, as dívidas eram
perdoadas, pessoas que tinham caído na escravidão por questões financeiras eram
libertadas e terras alienadas retornavam ás suas famílias proprietárias
originais. Podemos dizer que no Levítico era proposto um ajuste sócio econômico
e, digamos assim, uma reforma agrária. Isto proporcionava que as injustiças
sociais fossem corrigidas e injustiças fossem sanadas. Também Jesus, ao iniciar
seu ministério público, proclama um ano da graça como vemos no Evangelho de
Lucas, no capítulo 4,no versículos 14 e seguintes.
O
Papa Francisco escolheu, para este Ano Santo, o tema da MISERICÓRDIA porque,
em8 de dezembro de 2015, comemorou-se o cinquentenário do em cerramento do
Concílio Vaticano II. É preciso prosseguir a obra iniciada nesse Concílio e
lembrar, como disse São João XXIII na abertura do Concílio, que nos nossos
tempos a esposa de Cristo, como ele se refere à Igreja, prefere usar mais o
remédio da misericórdia do que da severidade.
Há ainda um motivo mais profundo e radical
para o tema deste Jubileu Extraordinário, e aqui cito as palavras do Papa
Francisco: “Misericórdia é a palavra que revela o mistério da Santíssima
Trindade”. Francisco afirma ainda que “o rosto da Misericórdia é Jesus”. Estas
são as palavras que estão no início da bula com a qual o papa convida para o
Jubileu e sugere algumas práticas para viver bem o Ano Santo. Cito algumas:
anunciar a misericórdia de Deus e realizar peregrinações; perseverar na oração;
ir ao encontro de quemvive nas periferias existências para refletir e praticar
as obras de misericórdia; perseverar na oração, jejum e caridade; realizar as “
24 horas para o Senhor”; participar de peregrinação à Porta Santa; acolher os
Missionários da Misericórdia enviados pelo Papa; perdoar de todo coração a
todos e participar do Sacramento da Reconciliação; superar a corrupção; receber
a indulgência; participar da Eucaristia; fortalecer o ecumenismo e o diálogo interreligioso;
converte-se.
Certamente cada diocese e paróquia tem uma programação especial. E você
que nos lê procure uniformar-se sobre esta programação para participar bem
deste Ano Santo da Misericórdia. Fique com Deu.
Texto de Adelaide Fernandes
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