PENSE NISSO:ADVENTO
NESTE
QUARTO DOMINGO DO ADVENTO: A ÚLTIMA VELA DA COROA DO ADVENTO SERÁ ACESA
SIGNIFICANDO QUE A LUZ DO MUNDO ESTÁ BEM PRÓXIMA DE RESPLANDECER O MENINO JESUSSURGIRÁ.
Neste quarto domingo abre-se para nós o clarão do amanhecer ,
anunciando a chegada do Sol nascente na figura de duas mulheres grávidas e na expectativa
de um novo parto da salvação de Deus.
Neste domingo, nosso pensamento volta-se para a Mãe da
Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos
todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus.(MISERICÓRDIA VULTUS).
Irrompe em nossa humanidade de modo fascinante a atuação
definitiva do amor compassivo de Deus. O acendimento das quatros velas nos
confirma a chegada plena da luz no seio bendito de Maria, a cheia de graça.
Maria torna-se habitação viva de Deus entre nós. Como
portadora da salvação,põe-se a caminho e, no encontro serviçal e gratuito com
Isabel, experimenta a alegria da realização das promessas de Deus.
A antífona da entrada: “ Céus, deixai cair orvalho das
alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a
salvação” (Is 45,8) nos introduz na alegre certeza da vinda da salvação que
marca a liturgia deste domingo.Deus se encarna em lugar social concreto para
reconstruir a humanidade. A sociedade e o mundo. É em um pequeno resto de
Israel, no meio dos pobres, dos marginalizados e excluídos, como Maria, Isabel
, Zacarias e João que Deus faz
sua morada. A salvação nasce dos pobres e os primeiros
cristãos vibravam com essa boa notícia. A Trindade entra na casa dos pobres
humilhados que esperam a libertação.
Os nomes das personagens envolvidas nesta cena são
reveladores: Jesus= Deus salva;
João = Deus é misericórdia; Isabel = Deus é plenitude;
Zacarias = Deus se lembrou; Maria =
A amada. Os pobres proclamam a misericórdia de Deus que se
lembra deles. Deus vem morar com eles, porque os ama trazendo-lhes a plenitude
da salvação.
É nos pequenos e pobres das periferias, das roças, nos
indígenas, nos ribeirinhos, nos marginalizados e nos desprezados de hoje que
Jesus se encarna, devolvendo-lhes a esperança e a paz. Em nossas pequenas
comunidades, é que faz coisas pequenas, em lugares pouco importantes, é que
Deus realiza coisas extraordinárias. Confirme anunciando por Miquéias, a
salvação não vem da capital, do lugar do poder dos grandes, mas vem da roça. O
poder de Deus manifestado através dos pequenos trará a plenitude dos bens, a
paz para todos os povos.
Mesmo na alucinação das compras natalinas, atordoados pelos
anúncios de um Natal esvaziado pelo consumismo, a humanidade e o cosmo clamam
esperançosos pelo Reino e se enternecem diante da simplicidade, da gratuidade e
do serviço desinteressado, expressão do amor e da fidelidade de Deus que conduz
nossa história.
Afigura modelar deste quarto domingo de Advento é Maria. Ela
nos ajuda a contemplar o mistério do Natal- do Deus que Se faz servo – à luz do
seu “sim”. Sigamos o exemplo de Maria, fazendo do nosso coração um ” presépio
acolhedor “; descobrindo que o Natal é obra gratuita da bondade divina; e
procurando ser fiéis aos projetos de Deus revelados pelos acontecimentos de
nossa história.
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